quinta-feira, 25 de abril de 2024

Concerto em lá(bio) menor no 25 de Abril de 2024

 25 de Abril de 2024

Os anos que vivi em ditadura ficaram esculpidos a escopro e a martelo na minha memória. No 25 de Abril de 1974 passámos do mundo fechado ao universo infinito, para copiar o titulo de um belo livro que descreve a transição do sistema medieval Aristótélico, em que a Terra (habitada por seres vivo tementes a um criador do Universo) era o centro do Universo, um mundo a preto e branco, para um mundo a milhões de cores, para o infinito em todas as direcções.

Hoje, 25 de Abril de 2024, pedaladas serra acima, vento fresco e ar limpo e o concerto alusivo à data.

Os primeiros 20 segundos, ao som da água que corre na ribeira, dão o tom e preparam a entrada do andamento em lá(bio)menor:


Umas imagens para dar contexto:






sexta-feira, 26 de janeiro de 2024

The mist covered mountains das terras altas da Beira - post inacabado

Janeiro 2022

Post inacabado de há dois anos. Janeiro de 2022. Carreguei as fotografias mas não o texto para contar a história das pedaladas. Mas, em verdade (boa ou má), as fotografias contam a história. Pedaladas pela neblina da serra que se desvanecem na memória. Provavelmente a serra estava silenciosa, provavelmente eu pedalava com a neblina condensada no capacete que, depois, me escorria formando o pingo na ponta do nariz, pouco provavelmente não sentiria calor, provavelmente pedalei horas sem ver vivalma, pressentindo apenas os nossos companheiros (no planeta) de 4 patas, provavelmente colecionei na memória imagens belas, reorganizei as espinhas nos neurónios e fiz pontes novas entre estes que, provavelmente, se manterão à medida que o tempo flui, para um dia rebobinar o filme das pedaladas pela neblina da serra.


Primeiro, pôr a tocar (som alto). Depois, passar às imagens. A história pode ser contada por quem vê as fotografias. 


Max Richter - On the Nature of Daylight