segunda-feira, 8 de dezembro de 2014

Dezembro azul e frio na Serra da Estrela

7 de Dezembro de 2014
Hoje é dia do assalto ao Caramulo. Milhares de BTTistas vão subir a serra do Caramulo a partir de várias localidades no sopé da serra. Não fui. Estou do lado de cá do vale da Beira Alta, na serra da Estrela. Subi da Covilhã até à Torre. Não é um assalto, é uma dança serra acima.
O dia estava azul, o azul frio.

De casa não é preciso levar água, apanha-se logo 3 km acima na fonte do parque de merendas do Pião.



Só a partir dos 1400m de altitude se percebe que no vale há neblina. Lá em baixo não se nota.


Já mil vezes olhei para os cântaros (o gordo, o magro e o raso, onde fica a Torre), o planalto central da Estrela, e, no entanto, acho que posso olhar outras mil sem perder o entusiasmo.


Aos 1850 m, sob o covão do ferro (barragem do padre Alfredo) que abre o vale glaciar de Unhais da Serra.


Da Torre nem vale a pena falar (lixo, automóveis, centro comercial, neve "artificial" para "esquiar" ...). Nem sequer demorar mais do que um minuto. Apenas o tempo necessário para vestir um blusão contra-vento.
Na descida, o frio que transforma cada gota do suor ganho a tanto custo durante a subida num bloco de gelo é o aliado mais adrenalínico (para figura de estilo não está mal). Dito de outra maneira, o frio gela-nos até aos ossos.
É o encanto dos dos dias azuis e frios na montanha.



A água que escorre pelas pedras forma estalactites



Mais abaixo, já depois das Penhas da Saúde, à altitude em que já crescem pinheiros, a pedra do Urso. Na serra não há ursos, quer dizer há apenas este, de pedra. E, supreendentemente, a pedra do Urso não é muito conhecida.


Daqui até lá abaixo, à Covilhã, é inclinar para um lado, inclinar para o outro e fazer os 10% de inclinação média a descer em curva contra curva.



5 comentários:

  1. Olá João,

    "...acho que posso olhar outras mil sem perder o entusiasmo."
    They call it love, love for the motherland :)

    Já fui apresentada à Pedra do Urso, à da Velha é que não.
    Pedra da Velha, só conheço a da Sortelha.
    Maria


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  2. :)
    Não conheço a Pedra Velha da Sortelha.
    Perto do vale do rio Alva, um pouco acima de São Romão e Meia, há a povoação da Sra. do Desterrro. Lá perto, num caminho, está a Cabeça da Velha. deve haver fotos na net. E, já agora, vou contar-lhe um segredo: a cabeça da velha parece ter dentes mas as pedras que representam os dentes não forma esculpidas pela natureza; foram lá colocadas há muitas décadas por dois miúdos parvos (if you know what I mean ;))
    João

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    1. Posso imaginar...
      Então nessa altura sonhava ser dentista ;)
      E eu a pensar que o João queria ser astronauta, assim como os do filme The Right Stuff, lembra-se?
      A Cabeça da Velha da Sortelha não é tão perfeita como a da Estrela, mas é gira.
      Maria

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    2. O corrector automático faz umas correcções estúpidas.
      Onde está "Meia" deveria estar "Seia"
      Likewise "forma" por "foram"
      Mas o que é curioso, Maria, é que as fotografias da cabeça da velha que há por aí (inclusivamente em folhetos oficiais do turismo) têm os dentes!
      Não foi um toque de dentista mas de artista.
      João

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  3. Realmente essa da Meia não percebi porque na net dizia que era em Seia. Agora as trocas de letras eu percebo tudo :) e espero que o João também perceba os meus "gatos".
    Eu googlei "cabeça da velha" para ver se também aparecia a da Sortelha, e apareceu.
    Tenho um postal já muito antigo com essa velha dos dentes, mal sabia eu que um dia estaria a "conversar" com o autor dos implantes ;)
    Isn't life strange?
    Maria

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