Este
é um blog de memória das pedaladas.
Não
é hoje o caso. Esta é a primeira excepção.
Indo
ao essencial:
Nunca
antes, como nestes últimos anos, houve uma “agenda” política.
Uma
agenda escondida, cínica, eficaz e odiosa.
Uma
agenda anti-civilização.
Uma
agenda cúmplice entre orgãos de poder e de soberania.
Uma
agenda que desinvestiu na Ciência (entre outros pilares do bem-estar como a
saúde, segurança social, educação), uma das áreas em que crescemos e
contribuimos e trabalhámos afincadamente e fomos parceiros reconhecidos de uma
comunidade internacional.
Tal
desmantelamento de pilares civilizacionais varre (de alguma maneira) a Europa.
Mas, aqui, a descrença, a ignorância, o tratar da vidinha, a apatia, o clubismo
acrítico, a falta de memória, a incapacidade de organização formam uma nuvem
muito pesada sobre as nossas cabeças.
Nunca
antes fomos usados como cobaias em experiências económicas à escala do país com
base num artigo de dois professores de Harvard que se mostrou ser baseado em
premissas erradas. Nunca antes bailámos como marionetas num teatro manipulados
por cordas cuja origem apenas vislumbramos e com os políticos eleitos na
plateia a aplaudir. O principal artífice desta experiência em Portugal, o
ministro das finanças, admitiu-o, resignando. Entra a ministra e lá vamos
cantando e rindo como se nada se tivesse passado.
Por
isso, não me venham dizer que é tudo a mesma coisa, que são todos iguais. Para
além da mercearia do dia-a-dia e do curto-prazo há ideias e concepções de sociedade e de civilização que são essenciais
e têm impacto nas próximas décadas.
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