quarta-feira, 30 de setembro de 2015

Eleições 2015

30 de Setembro de 2015


Este é um blog de memória das pedaladas.
Não é hoje o caso. Esta é a primeira excepção.

Indo ao essencial:

Nunca antes, como nestes últimos anos, houve uma “agenda” política.
Uma agenda escondida, cínica, eficaz e odiosa.
Uma agenda anti-civilização.
Uma agenda cúmplice entre orgãos de poder e de soberania.
Uma agenda que desinvestiu na Ciência (entre outros pilares do bem-estar como a saúde, segurança social, educação), uma das áreas em que crescemos e contribuimos e trabalhámos afincadamente e fomos parceiros reconhecidos de uma comunidade internacional.
Tal desmantelamento de pilares civilizacionais varre (de alguma maneira) a Europa. Mas, aqui, a descrença, a ignorância, o tratar da vidinha, a apatia, o clubismo acrítico, a falta de memória, a incapacidade de organização formam uma nuvem muito pesada sobre as nossas cabeças.

Nunca antes fomos usados como cobaias em experiências económicas à escala do país com base num artigo de dois professores de Harvard que se mostrou ser baseado em premissas erradas. Nunca antes bailámos como marionetas num teatro manipulados por cordas cuja origem apenas vislumbramos e com os políticos eleitos na plateia a aplaudir. O principal artífice desta experiência em Portugal, o ministro das finanças, admitiu-o, resignando. Entra a ministra e lá vamos cantando e rindo como se nada se tivesse passado.



Por isso, não me venham dizer que é tudo a mesma coisa, que são todos iguais. Para além da mercearia do dia-a-dia e do curto-prazo há ideias e concepções  de sociedade e de civilização que são essenciais e têm impacto nas próximas décadas.

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