26 de Setembro de 2016
(Cabeço Marigo a 950 m de altitude na Serra da Lousã)
Hoje vejo um manto de nevoeiro que cobre todo o vale entre as serras da Lousã e do Caramulo.
O planalto da serra do Buçaco espreita por entre o nevoeiro à esquerda na fotografia.
As centenas de povoações e os milhares de pessoas que habitam o vale estão terão um dia cinzento, pelo menos até meio da manhã.
Já o adivinhava. São muitos anos a virar frangos. À saída da Lousã, quando comecei a subir a serra, previa que aos 400-500 m de altitude o Sol brilharia, intenso. É um fenómeno curioso. Há uma definição clara, uma transição nítida, uma linha fina que separa o nevoeiro do céu azul. Visto daqui a cobertura de nevoeiro é plana.
Na subida, vai-se pedalando na expectativa do céu azul. Na descida, é mais do que o oposto. Não é apenas voltar ao nevoeiro. É como mergulhar num poço. À mediada que se desce, na zona de transição, começa a perceber-se o nevoeiro nos lábios e como um friozinho húmido na ponta da língua.
Pedalar aqui em cima neste dias torna tudo mais ... azul !
É uma viagem à Troposfera.
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