(Inverno 2016)
Todos os dias, a crista da onda do conhecimento aventura-se por mares desconhecidos. Todos dias. Chapinhar ali na crista a espreitar para ao frente, para o que está do lado de lá, para o desconhecido, é uma aventura colectiva da nossa espécie. E, assim, a civilização neste planeta vulgar que rodopia à volta de uma também vulgar estrela, pula e avança como bola colorida entre as mãos de uma ... (obrigado António Gedeão).
Ontem dobrou-se um cabo das tormentas. De vez em quando aparecem uns Bartolomeu Dias; foi publicado um artigo que descreve a detecção das ondas gravitacionais previstas há cem anos pela teoria da relatividade geral de Einstein. Deformações no espaço-tempo. Extraordinário.
Suspeito que os "mercados", as bolsas, Bruxelas e seus apaniguados estão imunes a esta compreensão do Universo de que fazemos parte. Para eles a vidinha continua. Não devem ter ficado muito "nervosos".
Embora eu seja mais para o lado do rock progressivo, foram aqueles sons ali em baixo que se me atravessaram na mente quando olhava para a neblina a gravitar as cumeadas da serra, escondendo, mas com rabo de fora, quero dizer, com as pás de fora, os aerogeradores que ali foram plantados.
São uns mamarrachos mas (oh que heresia!), uns mamarrachos elegantes.
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