(Serra da Lousã)
Ir à serra ver o mar a 70 Km, mais coisa menos coisa. Isto é, a um terço da largura máxima de Portugal. Há rotas de avião que, saindo de Lisboa para Norte, sobrevoam o país pela cordilheira central (Serra da Estrela-Açôr-Lousã). Já me aconteceu umas duas vezes e consigo identificar as povoações, os rios, as barragens ... A impressão mais forte é que olhando pela janela do lado esquerdo vemos o mar, olhando pela do lado direito vemos Espanha e percebemos que Portugal é aquela fatia de terra estreita lá em baixo.
Gosto de ir ao marco geodésico de Cabeço Marigo a 950 m de altitude na Serra da Lousã como quem vai a uma esplanada. Sobretudo ao final da tarde, quando a luz do Sol filtrada pela atmosfera invade colorida e rasante o vale imenso até à Serra do Caramulo e a neblina se mostra nas encostas dos montes.
Hoje, dia limpo, à chegada e ao olhar para Oeste vejo o mar. Vejo claramente o brilho do mar no horizonte, reflectindo a luz do Sol. Ali, a 70 Km de distância:
O mar não é todo aquele brilho, é só um bocadinho (é a qualidade que se consegue com o meu Nokia dinossáurico).
O tempo passa quase sem dar conta e antes que o Sol se ponha é tempo de pedalar de volta.
Equilibrar o Nokia no marco geodésico requer muita técnica !
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