sexta-feira, 4 de dezembro de 2015

Mil anos depois

(Novembro 2015)
Serra da Lousã


Mil anos depois há sempre um caminho novo.
Depois de tantas pedaladas pela serra da Lousã descobre-se que, mesmo ali ao lado, por onde tantas vezes passei, há caminhos a descobrir.

Roubando o título a um site que sigo com deleite, vejo-me ali na fotografia no caminho a pedalar entre os cedros a mil metros de altitude e penso que isto é "more than photography".


Como não tinha ainda subido por aqui?


uma espécie de prado que parece deslocado numa uma serra de xisto


Entrei na floresta como quem se faz convidado de surpresa: então com licença, é só para umas pedaladas sem grande estardalhaço, aspirar os aromas do cedros e saio já,


é só passar por ali, não demora nada,


num instante


vou-me embora antes que anoiteça.



2 comentários:

  1. Essa serra é mesmo mágica. Tanto recanto, tantos trilhos para percorrer :)

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  2. :)
    Também me espantam as mudanças ao longo do ano. Ando para fazer uma colecção de fotografas dos mesmos locais mas em estações diferentes. É extraordinário passares num local na Primavera e quando passas novamente no mesmo local no Inverno parece outro muito diferente.
    Claro que isto é um lugar-comum mas aqui na serra da Lousã é um fenómeno muito intenso devido à cobertura florestal de folha caduca, há existência de muitas linhas de água (secam no Verão e transbordam no Inverno, transformando a paiagem), à dispersão da luz no por do Sol provocada pelas neblinas ao longe sobre o mar, aos vales fundos em que uma parte está ao Sol a outra à sombra, à fauna (veados, javalis, ginetas, aves de rapina, esquilos, répteis ...), aos vastos horizontes em todos os pontos cardeais ... e por aí fora.

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