sábado, 10 de junho de 2017

Quintas ao anoitecer

8 de Junho 2017


As Quintas têm que terminar de alguma maneira.
Esta terminou assim, sob a luz quente e o céu rugoso, salpicado com formas aparentemente ordenadas, mas só aparentemente, de gradientes de cor, muito inesperadamente e muito oposta à manhã de Sexta seguinte passada sob o tecto baixo, de placas de contraplacado, numa cama ao lado de outras, sob a luz pálida, uniforme e nem sequer fria, apenas indiferente.



Cheguei, sem surpresa, após umas pedaladas pela mesma estrada por onde dei já mil pedaladas vezes mil, olhando as bermas e as encostas, e as árvores e tudo à volta. Faltava ver o céu. Penso muitas vezes que a maioria das pessoas não olha o céu, nem à noite nem de dia. E, no entanto, ... que dizer?


Nas linhas da bike há uma apelo de liberdade, como nas asas de uma ave. Uma heresia para muitos, bem sei. Basta pedalar por ali sob este céu, sentir o vento e a chuva, para facilmente o perceber.


Para que fique a data: 8 de Junho de 2017. E que há um céu sobre as nossas cabeças.





7 comentários:

  1. João, estas fotografias não são do "terceiro calhau a contar do sol", pois não?
    Não podem ser: eu nunca vi nada assim...
    :) Maria

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    1. Terceiro calhau a contar do Sol, vale da ribeira de S. João. Este vale, em certas alturas do ano, fica alinhado com o Sol poente. Pedalando vale acima, como tantas vezes faço, dou com céus destes.
      João

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  2. Passa-me essa ideia pela cabeça com frequência: é um privilégio poder fazer isto ... pedalar pela serra.
    João

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  3. Às tantas foi a 8...
    Também gosto!
    Maria

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  4. Ora João, não ligue, foi uma patetice que eu pensei...
    Sorry.
    Maria

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