Serra do Açôr
6 min e 14 s. É este o tempo para olhar as fotografias, para mergulhar na imagem e passar para o lado de lá. É este o tempo que Max Richter usou on the nature of day light.
Quando se começar a sentir o vento, um sopro morno vindo do lado direito que vai e vem como as ondas, está-se quase lá. Está-se a passar para lá.
A luz morre nos vales. Vales que se afundam umas centenas de metros. A erva rasteira, dobrada ao vento, reflecte-a nos cumes.
Lindo!
ResponderEliminarMaria
Estas cumeadas em altitude varridas pelo vento e pela luz do Sol poente são, para mim, locais de beleza extraordinária. Às vezes distraio-me e, depois, tenho problemas em regressar porque não tenho luzes na bike.
EliminarJoão
Eu estava em modo lacónico, além da beleza das imagens também me referia à música (que, para variar, não conhecia).
ResponderEliminarE porque não tem luzes na bike?
Pensava que essas bikes xpto tinham tudo e mais alguma coisa...
(Se a pergunta for muito idiota, nem se dê ao trabalho de responder).
Maria
Às vezes ouço esta música em loop, um milhão de vezes.
ResponderEliminarQuanto à bike: here we go ! A bike é um objecto de arte; dois losangos com círculos nas extremidades (tente desenhar uma bike de memória). Em movimento toca a o chão apenas numa fina linha. Tem que ter um aspecto despojado, pois os adereços perturbam a beleza do conjunto. Eu uso apenas o essencial: uma pequena bolsa com ferramenta, uma pequeno computador no guiador (com velocidade, temperatura e relógio) do amanho de um mostrador de relógio de pulso e, quando em voltas grandes por locais mais desconhecidos, um GPS. Nunca comprei luzes porque seria mas uma "cangalhada" a montar em cima da bike. Ocasionalmente, quando sei que vou apanhar chuva e lama, monto um guarda-lamas na roda de trás (mas não gosto). E poderia estar para aqui a arengar até a Maria se cansar e passar à frente. Como vê é um risco fazer-me perguntas sobre a bike :) Poderia falar-lhe da estrutura de carbono, dos pneus tubeless com liquido selante, do pormenor dos pedais de encaixe, dos travões de disco com 4 pistões, do detergente suave para a lavar e do óleo de teflon para partes móveis ou o de silicone para suspensão a óleo e muitos outros detalhes. Há mais de cem anos que a bicicleta mantém (tirando um pormenor ou outro) a mesma forma e estrutura; está optimizada para a função. Andar de bike dá gozo quando nos esquecemos que estamos a andar de bike. É como tocar um instrumento musical. Eu toquei saxofone e só quando nos esquecemos que estamos a pressionar as teclas do sax e tocamos com se o instrumento fizesse parte do nosso corpo a música sai como deve ser.
João
Vim aqui ouvir o Max Richter (é melhor do que no youtube, pois vou vendo as fotografias e relendo o que escreveu).
ResponderEliminarVolto aqui como quem volta às páginas de um livro que gostou muito de ler.
Nunca passaria à frente... como a ujm diz, o João tem o dom de nos prender às suas palavras, seja qual for o tema.
Estive toda a manhã sem rede móvel e sem net, claro.
Já tive o meu sunday morning worry, logo a minha saúde deve ter melhorado bastante ;)
Vou ouvir mais uma vez o Max Richter e depois vou-me embora.
Maria
As worries de Sunday morning são danadas mas após a day light de Max Richter a tarde correr bem ;)
ResponderEliminarJoão