terça-feira, 12 de dezembro de 2017

Das neblinas e de como os riachos já levam um fiozinho de água

Dezembro 2017
(serra da Lousã)

Sou de neblinas como du soleil e do luar.

Nada esconde a neblina. Porque é que hei-de imaginar se para lá da cortina de neblina há outra realidade? Já basta pensar em multiversos e universos bolha e matéria negra para, olhando à volta, ficar intrigado. E, já agora, que processos gera a gelatina gorda a que chamamos cérebro, e que está debaixo daquele capacete naquele sítio e naquele momento, para se deleitar? Depois de saber isto talvez se possa, verdadeiramente, discutir a possibilidade de inteligência em robots. De facto, o nome que está na moda (inteligência artificial) é bem dado: artificial.




Os riachos na serra levam já um fiozinho de água. Apenas um fiozinho.
Oh robot o que é que achas deste fiozinho de água? Não, não me interessa se dentro em breve, com novas chuvas, engrossará, era mais o que achas do som que a água faz e que se esgueira por entre as árvores e se o verde dos fetos te parece mais verde e mais bonito com o fiozinho ou sem o fiozinho. Olha e não te apetece ensaiar um assobio que se esgueire também por entre as árvores, oh robot? Pois ..., parece-me que tens uma inteligência muito artificial.


Fecha-se o dia.



Horas de ir andando.



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