domingo, 3 de setembro de 2017

O Sol eclipsado, tecnicamente falando

Agosto 2017

Serra do Açôr




Nem foi tanto pela subida dura mas mais pelo deslumbramento. De outro modo não pararia. Vinte quilómetros de serranias ainda pela frente e a noite a cair. Não pararia. Mas, caraças, que paisagem esta.
As estevas em primeiro plano. Que aroma e que brilho!



Para trás. Bem, aqui no Açôr imenso olhar para trás não é olhar para trás.

As sombras inundam os vales. Lá, na sombra, começa a noite. Aqui o Sol vai ainda lamber-me a pele até ao cimo a subida. Até Unhais o Velho. Passarei ao lado da serração onde vinha comparar madeira para trabalhar (estantes, mesas, portas...). Lembro-me ainda dos aromas da madeira que por lá havia. Colocavam os desperdícios (bocados de madeira) num monte e eu aproveitava. Posso levar estes bocado de castanho? Leve o que quiser, isso são desperdícios. E eu levava, lixava, serrava, pintava, envernizava, esculpia e cheirava. O que eu gosto do cheiro da madeira.



2 comentários:

  1. Respostas
    1. Esta altura do dia é muito bonita no Açôr. Quando as sombras se abatem sobre os vales e o Sol ainda inunda os cumes, estar a meia encosta, na fronteira entre a noite e o dia, sente-se o ar mais fresco dos vales que se mistura com o calor, o brilho e o aroma das estevas, um silêncio feito de sons suaves ... lindo, como tu dizes.

      Eliminar