(Vale da ribeira de S. João)
As montanhas do Uganda são um dos poucos locais do mundo onde ainda sobrevivem gorilas de montanha. Raramente se vêem. Andam por ali, envoltos na neblina, no mistério e nas contradições da sua existência. Tal como nós.
Pelos vistos separámo-nos destes parceiros há 10 milhões de anos. Quatro milhões de anos mais cedo do que dos chimpanzés. O nosso DNA e o deles sobrepõe-se em cerca de 98%. Eles não entendem o teorema da Pitágoras. Nós, tal como eles, temos fronteiras inacessíveis (talvez daqui a 1 milhão de anos se conheçam algumas).
(Uganda Mountains, imagem copiada de brownandhudson.com)
Tinha pedalado até lá, sob chuva e envolto num aroma intenso e húmido a musgo, a fungos, a terra.
Fiz o vídeo tentando vê-los mas sem sucesso. Mas imaginava-os ali, a baloiçarem sobre as pernas, a mascarem folhas, em corridas breves, batendo no peito. Chovia a cântaros. Talvez por isso. Às tantas estavam abrigados. Ainda tentei grunhir (roncar?) à gorila, chamando-os, mas nada.
Que imagens! A neblina torna os lugares mágicos, misteriosos. Abraço
ResponderEliminarOlá GM. Fico contente que tenhas gostado das imagens. O som de fundo é o da ribeira que corre lá no fundo.
EliminarFoi pena o tempo não ter ajudado para fazeres a GRZ (vi o post no teu blog com as bikes em cima do carro na Estrela). Conheço a parte inicial do percurso, a partir do Covâo da Metade, onde nasce o Zêzere e, depois, pelo vale Glacia abaixo. Deslumbrante.
"vale Glaciar"
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