Roda ante roda, na expectativa do que iria encontrar, lá fui indo, subindo, para ver o outro lado da serra.
No planalto da serra, pelo caminho de cascalho sobre o vale do Coentral que, para Sul, se estende até à Castanheira de Pêra tive a visão das coisas.
O Coentral sob o St. António da Neve. O fogo não tinha aqui chegado. Havia boatos: toda a encosta foi varrida pelo fogo, o Central também foi evacuado ...
Estava na expectativa. Não. Aqui não tinha chegado.
Este é o lado Este. Desviando o olhar para Sul, pelo vale da Castanheira e pelas serranias que se estendem para o lado de Pedrogão (onde se vê a chuva a cair) viam-se, aí sim, as encostas queimadas, castanhas e negras, que traçavam o limite do fogo para estes lados.
O clima é um bom exemplo de um sistema caótico, sensível às condições iniciais, que determinam a bifurcação imprevisível. Como prever este céu carregado, lançando gotas de chuva sobre Pedrogão sob uma temperatura amena há 2 semanas? Mesmo conhecendo a velocidade e posição de todas as partículas a evolução do sistema é imprevisível (sabe-se lá quando é que uma borboleta bate as asas na Austrália para mudar de eucalipto).
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