Serra da Lousã
(segunda arremetida, depois da primeira, para responder ao meu parceiro de reunião).
Na anterior mostrei uma subida pela floresta. À sombra. Desta vez, a subida é sob Sol intenso. Por uma cascalheira acima. Íngreme, embora não pareça. Cabeço da Ortiga nas costas. Também nas costas o vale da Beira a Oeste até ao mar (por vezes vê-se o mar - em dias limpos pós-chuvada das boas para limpar a atmosfera). A chegar aos 1000 m de altitude. Em frente, para Este, as antenas do Trevim (o topo da serra da Lousã aos 1200 m). Para Sul, para o lado direito, o vale em anfiteatro por onde corre a ribeira de S. João. Nas encostas opostas àquela onde estou, e por entre os pinheiros, as aldeias de xisto (exlibris da serra).
Aos 1000 m o caminho por onde subo entronca no estradão das eólicas. Aqui, neste entroncamento, abre-se o horizonte. Para Norte até à serra do Caramulo. Para Nordeste a cordilheira da serra do Açôr com o planalto da serra da Estrela na linha do horizonte.
Aos 1min:24s cai-me o capacete (levava-o no guiador, não na cabeça).
Aos 3min:4 s sai-me sem querer uma exclamação: veados!
Parei. No meio do estradão, na curva ao fundo, 2 ou 3 veados parados a olharem-me. Belíssimos. No vídeo, devido às lentes do tlm, parecem mais longe do que, de facto, estão. Vejo-os claramente. Arranco na sua direcção. Fitam-me durante mais 10 s. Aos 3min:14 s fogem pela esquerda, ágeis, belos, velozes. São 3 e são jovens. Durante uns segundos conseguem ver-se, correndo encosta abaixo, logo depois da mancha verde dos fetos. Um bailado.
Fui parar para o repasto num bosque de carvalhos, um pouco mais à frente. Encostei a bike a um belo carvalho, cuja copa frondosa fazia uma sombra acolhedora, puxei da banana Porto Riquenha que descasquei devagar, num ritual que permite dar importância aquele pedaço de fruta como se fosse a última banana do deserto e dei a primeira dentada com prazer - ah pois, não é parar e abocanhar a banana, engolindo-ae sofregamente. Depois, um golo de água da torneira que trazia no cantil com a tecnologia PURIST de que já aqui falei (sem bisfenol, sem sabores de plástico, aprovada pela Food and Drug Adminstration para recipiente de alimentos - e estas coisas não são treta).
(o efeito é de uma aplicação que vi no blog da UJM que tinha visto no blog da Gina que tinha visto no blog da Linda Blue que tinha visto, likely, no telemóvel de um primo emigrante na Suíça)
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