segunda-feira, 17 de fevereiro de 2020

Riacho do vale da carvalha

Inverno 2020

O riacho do vale da Carvalha renasce no Inverno. No Verão, há por ali, pelo leito que no Inverno acolhe a água em fúria, umas pedras lisas cobertas com musgo, ramos com líquenes secos como teias de aranha e outros indícios de invernias que facilmente se imaginam ao olhar o leito seco do riacho do vale da Carvalha. Isto, para quem costuma olhar os ribeiros; a outros parecerá outra coisa qualquer. No Verão, o riacho do vale da Carvalha é belo como a Vénus de Milo sem braços. No Inverno, agora, é como se verá no videozinho a seguir; belo como a Vénus de Milo com mãos a segurar um fuso.

A caminho do ribeiro do vale da Carvalha, sem plano definido - nem sequer sabia ainda que iria desaguar no ribeiro do vale da Carvalha - cortei à esquerda e pedalei a caminho da aldeia da Cerdeira. Cheguei apenas à entrada. Outro dia irei lá, pedalar pelas ruelas, caminhar pelos becos (em ruínas há uns anos atrás, a aldeia, pouco a pouco, sob o impulso da Kerstin Thomas, renasceu) e fotografar.

A aldeia da Cerdeira, sob o Sol que desce do Trevim (o cume da serra) pelo vale da Ribeira de S. João.


Closer
(olha! e veio-me à memória, não uma frase batida, mas a Natalie Portman com cabelo cor de rosa)





Foi um impulso. Ia a passar pelo vale da Carvalha e, ao ouvEr o ribeiro, decidi parar. Camuflei a bike junto a umas pedras, armei-me em David Attenborough, subi uns cem metros pela margem do ribeiro e fiz o videozinho.



Genesis, Unquiet slumbers for the sleepers (Wind and Wuthering, 1976)







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